Queimadas no Pantanal

As queimadas no Pantanal vêm crescendo muito nos últimos anos. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro a setembro de 2020, foram registrados 14.489 focos de incêndios, enquanto nesse mesmo período do ano de 2019 o órgão registrou 4.660 focos. Isso significa que houve um aumento de 210% nas queimadas.

Os três principais motivos que geram essa prática são a intensificação da atividade pecuária com a expansão das pastagens, o aumento da intervenção antrópica, aliado ao clima tropical continental com chuvas reduzidas e elevadas temperaturas.

Desde 1979, têm sido observadas queimadas para a formação de pastos. De 1980 até 1990, 1% da área foi desmatada para dar lugar a pastagens. Como se trata de uma região com baixa altitude, abrangendo uma área de planície e banhada pela Bacia do Rio Paraguai, consegue formar um grande pântano alagado, sobretudo em períodos de cheias no verão. Por isso, torna-se atrativo para pecuaristas brasileiros que começaram a utilizar o Pantanal para a criação de rebanho bovino.

As consequências dessas queimadas são graves, principalmente para a flora e a fauna. Elas geram efeitos diretos, como queimaduras, intoxicação e morte de vários animais, e indiretos, como o aumento do índice de gases que contribuem para o efeito estufa e para o aquecimento da Terra, além de causarem diversas doenças respiratórias a longo prazo.

Localizado nos Estados de Mato Grosso (35%) e Mato Grosso do Sul (65%), atingindo partes no norte do Paraguai e leste da Bolívia, o Pantanal ocupa uma área de aproximadamente 250 mil km². Composto por uma extensa planície inundável, o Pantanal é a maior área úmida continental do planeta e casa de uma grande biodiversidade, com cerca de:

  • 2 mil espécies de plantas.
  • 582 espécies de aves.
  • 132 espécies de mamíferos.
  • 113 espécies de répteis.
  • 41 espécies de anfíbios.

E toda essa vida segue ameaçada pelo avanço das queimadas e dos impactos destrutivos provocados por elas.

Fontes consultadas: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Portal Mundo Educação, Portal Catraca Livre e Greenpeace.